Numa entrevista à TSF, Carlos César, o líder parlamentar do Partido Socialista (PS) disse que o partido “sente-se envergonhado” em relação ao ex-ministro Manuel Pinho, caso sejam confirmadas as suspeitas de que é alvo.
“O Partido Socialista sente-se, a confirmar-se o que é dito, envergonhado”, declarou. “A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável”, acrescentou.
Aos microfones da rádio, Carlos César referiu que o caso “tem de ser esclarecido e punido” até porque não há razão para não avaliar o caso Manuel Pinho como já se avaliaram “os casos de vários ministros e responsáveis que na banca ou na política que tiveram comportamentos desviantes, irregulares ou até de alçada criminal.”
Segundo Carlos César “é através de uma Comissão de Inquérito” que “melhor se poderá resolver este assunto”. O socialista referiu, no entanto, que o caso de Manuel Pinho não irá ter espaço de discussão no congresso do partido, que se realiza entre os dias 25 e 27 deste mês.
Confrontado com as suspeitas que recaem também sobre José Sócrates, o líder parlamentar do PS admitiu que a vergonha “até é maior”, uma vez que se trata de um antigo primeiro-ministro.
À TSF revelou que estes casos são discutidos nas reuniões internas do partido. “Ficamos até enraivecidos com isto”, em especial com “pessoas que se aproveitam dos partidos políticos” e têm “comportamentos desta dimensão e desta natureza”. “Evidentemente que ficamos revoltados com tudo isso, como outros certamente terão ficado”, rematou.